Ter um idoso em casa que necessita de cuidados especiais é uma situação delicada. O que acontece é que a família precisa organizar sua rotina e estruturar o imóvel para deixá-lo mais seguro para o bem-estar do ente querido. Pensando em garantir uma condição de vida mais saudável a essas pessoas, muitos vêm optando por entidades especializadas. Mas nada de imaginar aquele estereótipo de asilo em que o idoso era abandonado. Não! As moradias ou casas de repouso de hoje em dia são uma grande família que mora junto e mantém uma rotina agitada e com muita socialização.

“Encontrar um espaço adequado para passar a velhice é sempre um desafio. Com a idade avançada o que mais se precisa é de atenção e carinho, por isso investir em um espaço que cuida especialmente do ente querido é a escolha mais assertiva nos dias de hoje”, explica o doutor Marcelo Loyola Netto, médico e psicanalista, proprietário da Nossa Casa Moradia para Idosos, espaço que funciona há 30 anos e é pioneiro na capital.

“Costumamos comentar que somos uma família que cuida da sua família”, reforça Suely Loyola, esposa e sócia da empresa. “Esse tipo de atividade sofreu uma mudança muito grande desde que abrimos as portas. Hoje é bem mais aceita pela sociedade, até porque antes as famílias tinham muito mais tempo para cuidar do idoso. É realmente uma mudança comportamental e cultural”, complementa.

 

A razão da escolha

Um dos principais motivos para deixar um idoso em um espaço que oferece cuidados especiais é a socialização. “É possível que numa moradia coletiva o idoso se sinta mais protegido, amparado e com companhias como em sua própria casa”, explica Paula Gomes Loyola, filha do casal fundador e administradora com especialização em Gestão Geriátrica em Barcelona, na Espanha.

 

Suely, Marcelo e Paula são os responsáveis por transformar a Nossa Casa em um verdadeiro lar (Foto: Mariana Barcellos)
Suely, Marcelo e Paula são os responsáveis por transformar a Nossa Casa em um verdadeiro lar (Foto: Mariana Barcellos)

Acontece com certa frequência que em casa o idoso pode passar o dia inteiro em frente à TV, sem falar com ninguém, uma vivência de solidão. A família, na correria do dia a dia, acaba não percebendo a falta que isso faz para o idoso, porque avalia que cuidando da saúde e da higiene é o suficiente. “A relação emocional que os hóspedes mantêm entre si e com a equipe de atendimento é muito intensa. Aqui se ri, canta e por vezes se chora. É a vida que continua”, explica o doutor Marcelo. “Isso está totalmente ligado à qualidade de vida”.

A intenção é oferecer carinho e bem-estar aos idosos mantendo-os saudáveis e motivados. Em muitos casos, porém, o preconceito e a resistência da família na hora de fazer a escolha são maiores do que os benefícios que o idoso poderia ter. “Ao oferecer um ambiente acolhedor, acreditamos que cumprimos nossos objetivos de tratá-los com respeito e carinho, lemas que estabelecemos há 30 anos”, reforça o doutor Marcelo.

Além da socialização, outras vantagens do local são a alimentação balanceada, higiene pessoal, enfermagem, terapias ocupacionais e atividades diárias. “Nosso diferencial é justamente essa disposição em lidar com essa não rotina e com o perfil de cada família”, fala Paula, lembrando ainda que idosos e suas famílias ficam seguros de poder contar com acompanhamento médico permanente.

 

Sentindo-se em casa

Para que o espaço seja o mais confortável para o idoso, a Nossa Casa permite que os quartos sejam totalmente adaptados. “Oferecemos um quarto básico e a família e o próprio morador deixam com a sua personalidade. Alguns colocam quadros, poltronas, trazem colchas para realmente ficar ‘o seu cantinho’”, diz Paula.

 

Dona Vera é uma simpática moradora que recebe os visitantes com doces, deixando o espaço ainda mais alegre (Foto: Mariana Barcellos)
Dona Vera é uma simpática moradora que recebe os visitantes com doces, deixando o espaço ainda mais alegre (Foto: Mariana Barcellos)

Suely explica que esse trabalho é uma via de duas mãos, pois além de acolher o idoso, a família também precisa de atenção nesse momento. “Para o idoso esse processo implica em saudades de casa e a adaptação a um novo ambiente físico e social. Para a família implica lidar com a incerteza de que tomaram a decisão certa”.

“Ao entrar na instituição colhemos junto à família e ao idoso importantes informações sobre seus hábitos de vida, como o que gosta de comer, que hora costuma descansar, se gosta de música, se aprecia algum tipo de arte ou atividades físicas, visando atender suas necessidades e gostos. Isso tudo é passado para toda a equipe, para que o novo hóspede se sinta em casa”.

O trabalho realizado com o idoso estende-se à sua família principalmente no período inicial. Paula relata que no primeiro mês realizam-se ao menos duas reuniões com os familiares envolvidos mais diretamente na qual se esclarece a evolução do hóspede, ouvem-se comentários e críticas. “Em geral é o início de uma longa relação entre nós, o idoso e sua família”.

Curiosamente o idoso passa a receber mais visitas do que recebia em sua casa, porque é mais acessível. “Aqui eles têm a oportunidade de fazer outras atividades que não são necessariamente conversa. Tem familiares que vem aqui só para ver o idoso, sem nem conversar, porque não acreditam que ele está fazendo determinada atividade que ele não fazia em casa. É uma surpresa para eles”, finaliza o doutor Marcelo.

 

Confira alguns benefícios do Nossa Casa:

– Segurança e tranquilidade em saber que o idoso está em boas mãos

– Ganho de qualidade de vida para os dois lados

– Não precisa gerenciar pessoas dentro da sua casa

– Melhora sua relação com o idoso

– Acessibilidade (não tem horário de visita)

 

 

NOSSA CASA PARA IDOSOS

Rua Coronel Joaquim Sarmento, 98 | Bom Retiro

(41) 3338-8400