Atualmente os pais mais atentos à saúde dos filhos estão levando as crianças na primeira consulta cada vez mais cedo, ou melhor, na idade correta, que geralmente é a partir dos seis meses. Esse primeiro contato com o odontopediatra, profissional que cuida da saúde bucal das crianças, ajuda a prevenir e evitar o famoso trauma que muitos adolescentes e adultos sentem quando vão ao dentista. Consequência de consultas tardias e problemas bucais agravados pela falta de higiene, como a cárie.

1. Contra o medo: prevenção
Crianças que nunca precisaram fazer uma restauração ou tratar um canal não tem medo de dentista. Para elas, o dentista é um amigo que cuida de seus dentes, para que ter medo dele?

2. Truques
Nada melhor para distrair uma criança do que brincando. Assim, é essencial que o atendimento tenha um componente lúdico. Analogias para que a criança entenda o que o dentista está fazendo são muito úteis, como o “bichinho que comeu o dente”. O próprio instrumental pode assumir um caráter divertido, dependendo da criatividade do dentista.

3. Dê o exemplo
Pais que têm medo de dentista costumam transmitir esse medo aos lhos, muitas vezes sem querer. Frases como “não vai doer nada” e “não vai ter medo” já servem como gatilho para a criança. Alguns pais também usam o dentista como punição: “O dentista vai lhe dar uma injeção enorme se você não se comportar”. É uma inversão total do significado da atenção odontológica, que visa a cuidar e não punir.

4. A criança chora, e agora?
O choro é uma forma de linguagem, é uma expressão que pode acontecer por vários motivos e é muito comum ouvi-lo no consultório odontopediátrico, não se assuste! Uma grande dificuldade observada é o ato de ficar parado. A criança reclama quando é contida, quando precisa ficar no mesmo espaço ou fazer uma tarefa repetitiva. Então, muito do que você acha que é medo de dentista, pode ser uma manifestação contra esse incômodo do “ficar parado”. Fique calmo, o odontopediatra sabe como lidar com essa situação, confie!

5. Hoje, ir ao odontopediatra é quase uma brincadeira

A sala de espera tem brinquedos, a cadeira de dentista pode virar um escorregador, o atendimento é permeado com filmes, músicas, histórias. O profissional conta com a habilidade de relaxar a criança, de encontrar o assunto que interessa à mesma com o linguajar próprio da idade e nesse caminho conseguir que ela relaxe e tenha um momento agradável. O prêmio maior nós recebemos quando a mãe nos diz: “Ele não via a hora de vir ao dentista!”.

LILIANA TEMPORÃO é odontopediatra e atende em sua clínica particular

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