Por dentro do universo da Tutu Sapatilhas (post)

 

Quando se fala em sapatilhas em Curitiba, imediatamente nos vem à cabeça a Tutu Sapatilhas. Seja pelas vitrines temáticas que chamam atenção de quem passa pela Praça da Espanha, pelas fotos e composições das blogueiras que divulgam a marca e claro, pelos modelos icônicos de sapatilhas, oxford e botinhas que fazem os pés dos curitibanos. Sim, deles também!

A VIVER conversou com o sócio e designer à frente da marca, Gustavo Krelling, que contou um pouco sobre sua trajetória pessoal e como isso influência na construção da marca.

 

Você é formado em Jornalismo e Artes Cênicas e hoje é sócio-proprietário da Tutu. Como todo esse conhecimento ajuda no dia a dia da marca?

Acredito que hoje para um pequeno empresário é muito difícil exercer apenas uma função dentro de uma empresa. É preciso ser plural! Acho que quanto mais habilidades e conhecimentos, melhor é para a marca. A parte do jornalismo uso na divulgação, na comunicação da marca e na assessoria de imprensa. A parte das artes plásticas é usada na elaboração dos produtos junto com a minha sócia Fabiana Montalvão, na criação de vitrines e outras questões visuais.

 

Como foi o processo de criação da TUTU e a relação com a dança?

A ideia de abrir uma empresa de sapatilhas com venda online foi da Fabiana, minha sócia, que me convidou para o projeto. Depois começamos a desenvolver a identidade da marca, suas particularidades. Aí chegamos no universo da dança, que é de onde vem as sapatilhas para o dia a dia. O nome, Tutu, é do traje da bailarina. Nossos produtos, mesmo botinhas e outros sapatos, são inspirados em sapatos de dança.

 

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Foto: Melina Souza

 

A relação da TUTU com as influenciadoras é bem próxima. No que isso contribui para a marca?

Trabalhamos com influenciadoras que tenham identidade com a marca. Isso é muito importante para nós. Precisamos que elas representem o conceito da marca. A identidade delas com a marca é a maior contribuição.

 

Vocês são umas das poucas marcas de calçados feito à mão em Curitiba. Como você encara esse mercado?  Você acha que é viável ou não?

É muito difícil. Nossa produção é familiar, temos uma quantidade de produção limitada. As pessoas estão abrindo os olhos para a questão da responsabilidade na hora de consumir. Querem saber quem fez o produto. E são essas pessoas que focamos. Pessoas que consumam de uma maneira consciente. As pessoas saem felizes com um sapato que tem identidade. Por apostar nessas questões, achamos viável um calçado feito à mão.

 

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Foto: Melina Souza

 

A Tutu está expandindo lançando novos produtos, como as botinhas masculinas. Como vai acontecer esse crescimento sem perder o DNA da marca?

Tudo precisa conversar. Muitos amigos chegavam para mim e queriam uma bota retrô. Então adaptamos esse calçado para os pés masculinos. Mudamos forma, sola, salto… Até fizemos uma logomarca e caixa diferenciadas. Ao invés de um laço de sapatilha, a logo masculina é uma gravata borboleta.  O importante é manter o conceito.

 

De certa maneira a Tutu tem um sistema de omnichannel, com loja física e loja online. Funciona? Foi planejado essa “união” ou aconteceu de forma natural?

Aconteceu de forma natural. A ideia era ser somente online. Mas aí as pessoas começaram a querer provar. Aos poucos fomos expandindo e abrimos a loja física. Hoje é tudo unificado na loja que fica na Carlos de Carvalho, pertinho da Praça da Espanha. Nosso estoque fica ali e o escritório virtual também, fica mais fácil de administrar.