Tânia_Pense em você

 

 

Por Tânia Mary Gomez

Colo de mãe protege e beijo de mãe ajuda a sarar. Toda mãe é fortaleza, não importa a idade. Muitas mulheres, além de serem mães, precisam ser supermães quando travam uma batalha diária pela cura do câncer dos seus filhos. E é a estas mulheres que quero dedicar esta coluna.

A vida de qualquer mulher muda quando se recebe a notícia do diagnóstico de câncer do filho. Não é um castigo. Toda mãe vai às lágrimas – é claro –, pois não queremos nada de ruim para nossos amados, muito menos quando eles são acometidos por uma doença tão grave.

Essas mulheres ficam sem chão! É desesperador, algo que não desejamos para nosso pior inimigo, se tivermos. A sensação é de que não vão resistir, que a mãe irá morrer, que não terá forças para vencer.

Mas, a aproximação com Deus é imediata. Só ele pode dar força para superar. É preciso ser uma supermãe para enfrentar um desafio como este e acreditar que existe um plano divino, coisas que algumas mães têm que passar. É inevitável encarar obstáculos, e nada na vida tem só o lado ruim ou só o lado bom.

Mas a supermãe tira forças de onde não se imagina. Não se sabe se vem dela ou do filho. A criança, na maioria das vezes, nem sabe, ou não entende o que está acontecendo. Chora um pouco no momento dos procedimentos, mas logo em seguida volta a ser feliz e a mãe faz tudo para que ela continue assim.

A primeira reação quando recebe o diagnóstico é não falar para ninguém, mas surgem necessidades e, então, é preciso reunir coragem e contar as pessoas e pedir ajuda. Ver exemplos de força faz bem pra todo mundo. Lembro-me de Reynaldo Gianecchini, quando contou sua história e comoveu o Brasil.
A mãe não tem a obrigação de ser tão forte, apesar de a dor ser insuportável. É preciso aprender a viver o hoje e o agora. Se o filho está bem, a mãe também ficará bem com a certeza de que a cura irá acontecer. É dolorido chegar lá, mas a mãe vai chegar. Com certeza será uma pessoa melhor, com uma família melhor.

Toda mulher que passa por uma experiência desta fica mais forte, mais humilde, mais solidária e consegue ver o valor real das coisas. A maioria dos problemas é superficial, é tudo marolinha. Não existem mais tsunamis. Tsunami foi a notícia. Isso sim!
Como vai ser o Dia das Mães das SUPERMÃES? Com certeza, se já tiver superado a doença do filho com câncer, será um dia de festança e comemoração. Hoje, convivo com as crianças da APACN, que dançam balé, e tive a honra de contar com a apresentação delas no lançamento do livro VIVER Pense em Você na Assembleia Legislativa. A cada encontro é uma lição de vida. As mães sempre juntas acompanhando e incentivando seus filhos para que façam uma bela apresentação!

Cuidar é mais do que um ato de amor, é uma atitude. Representa o envolvimento com quem mais amamos: nossos filhos, porque o amor prevalece em sua mais nobre essência. Às supermães, a minha gratidão pelo carinho, atenção, e pelo grande amor aos seus filhos, que estão batalhando, ou superaram o câncer.

 

Tânia Maria Gomez

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