Crianças em torno de 6 a 12 anos são muito vulneráveis a críticas. E a explicação vem da teoria psicossocial do grande pesquisador Erik Erikson. Nessa fase, a criança faz uma certa confusão entre o que ela cria e o que ela é. É como se ela misturasse o ego com suas produções.
Assim, se você – mãe ou pai – elogia as invenções, pinturas, montagens, brincadeiras, fantasias, histórias, etc, com frases “Uau, que lindo isso”; “Essa sua história é fantástica”; “Que desenho legal”, a criança ouviu algo como “Meu filho, você é lindo, fantástico, legal”. Entendeu?
“Se na maior parte das vezes a criança ouviu críticas, ela se sentirá inferior. E infelizmente isso será levado para a vida adulta”
Infelizmente, o contrário também é verdade. Se você diz que o desenho ficou feio, que a brincadeira é estúpida, que a história é sem graça, a criança ouviu que ela é feia, estúpida e sem graça! Claro que podem haver exceções. Às vezes, a louça ficou mal lavada e você deve apontar isso para a criança, mas assim que ela consertar a falha, você retoma o elogio: “Ahhh, aí sim! Que louça bem lavada, que perfeição!”
Se na maior parte das vezes a criança ouviu críticas, ela se sentirá inferior. E infelizmente isso será levado para a vida adulta. Reflita sobre suas próprias atitudes: se você acha que outra pessoa é melhor para assumir um cargo oferecido a você, provavelmente seus pais foram excessivamente críticos. Se nada do que você fazia estava bom e seus pais o criticavam constantemente, provavelmente você sofre até hoje com isso. As consequências são graves, pois limitam seu sucesso, fazendo-o acreditar que a maioria das pessoas é melhor que você e isso atrapalha sua vida toda, inclusive a pessoal.
Ajude seu filho a valorizar-se, a confiar em si mesmo: elogie com sinceridade e frequência!
MARCOS MEIER
Escritor e palestrante de sucesso, tem participado do jornal “Bom dia Paraná” da RPC, afiliada paranaense da Globo. Veja seus vídeos em seu canal no Youtube. Toda quarta-feira tem mais dicas sobre vida em família para você aqui na VIVER