APRESENTA

Uma viagem feita por futuros papais e mamães, em algum momento entre os enjoos no início da gestação e o barrigão que antecede o parto, essa é a nova febre do momento, a babymoon.
O termo babymoon surgiu nos Estados Unidos e é uma mistura entre “bebê” (baby em Inglês) e “lua” (emprestado de lua de mel, termo que em inglês significa moon). A tendência surgiu quando personalidades como a princesa britânica Kate Middleton e a socialite Kim Kardashian aderiram ao babymoon. Mas você não precisa ser famosa para viver esse momento inesquecível.
A pernambucana Aniely Corleta, que acaba de voltar de uma viagem de babymoon à Espanha, conheceu o alemão Moité em uma missão religiosa em Caldas Novas. Depois disso o namoro aconteceu à distância, pela internet. Há dois anos se casaram e decidiram mudar para a Alemanha, onde vivem até então.
Em abril deste ano, decidiram tirar do papel um dos sonhos do casal e viajar antes da chegada do bebê, que está programada para Agosto.

Conversamos com a futura mamãe, que nos contou sobre como é fundamental estar com o pré-natal em dia e conversar sobre seus planos de viagem com o obstetra.
Como você conheceu o babymoon? Por que decidiu fazer?
Conheci a Babymoon no seriado da Netflix, “Yummy Mummies”. No começo achei besteira, até que comecei a pensar que eu e meu marido ainda nem tínhamos feito dois anos de casados e nem a metade das aventuras que queríamos havia saído do papel.
Na verdade somos um casal bem atípico e como o nosso relacionamento foi à distância até o altar, passar tempo juntos sozinho é sempre bom pra nós.
Aproveitamos que o nosso aniversário de casamento estava chegando e juntamos o útil ao agradável. Passar um tempo só nosso antes do bebê chegar, até porque sabemos que tudo irá mudar.
Nos conte um pouco sobre sua experiência. Para onde foram?
Escolhemos a Ilha Palma de Mallorca na Espanha que não fica tão longe de onde moramos, na Alemanha. O inverno aqui foi longo e como uma boa brasileira, eu precisava colocar meus pés na areia e sentir o sol.
Ao chegar na ilha fizemos o passeio pelos pontos turístico com o Hop-on Hop-off, no qual você fica no local que quer ver e a cada meia hora tem outro ônibus que continua o percurso, assim, não precisava andar muito e não cansava tanto.
A ilha é repleta de lugares paradisíacos e escolhemos um para conhecer, já que as praias mais bonitas ficavam a no mínimo uma hora de distância. Preferimos curtir o hotel e descansar mais.

Quais precauções tomou para viajar durante a gravidez? A viagem foi aprovada por seu médico?
Recomendado pelo app que sigo, “BabyCenter”, escolhemos o segundo trimestre da gravidez. Com 20 semanas os enjoos já tinham passado e não me sentia mais tão cansada, então foi o momento ideal.
A minha ginecologista liberou a viagem já que o percurso não foi longo, 2 horas e meia de voo. Por conta da retenção de líquidos, usei meias de compressão no avião e sempre tinha opção de doce ou salgado na bolsa por conta da fome e da glicose.
Descansei bem, respeitando meu sono e me hidratava frequentemente. Como sabemos, grávida + sol = a melasma, então bastante protetor!

Conversamos também com a mamãe Daniela Gonzales, que diferente de Aniely, tinha planejado sua viagem antes de saber que estava grávida. Daniela e Gabriel Messaccesi, que hoje são papais do pequeno Ícaro, entraram na onda da babymoon depois de conversar com o obstreta sobre os cuidados e as precauções de fazer uma viagem internacional. O casal que está junto desde 2010, contou para gente como foi essa experiência:
Como vocês planejaram a babymoon?
Compramos as passagens em 2018 algumas semanas antes de descobrirmos que tinha um bebê a caminho. Então não foi uma babymoon planejada. Inclusive ficamos em dúvida se seria possível ir, pois eu já estaria em uma fase bem avançada da gestação!
Acabamos deixando pendente até praticamente um mês antes de embarcar, que foi quando, após conversar bastante com o meu obstetra, e sentir que a gestação corria sem nenhum problema, nos sentimos seguros para começar a procurar por hotel, fazer roteiro, e organizar de fato a viagem.
Só tínhamos as passagens até então. Eu peguei o avião de ida com 29 semanas e o de volta exatamente no dia que completei 32 semanas, que pelo que eu pesquisei é o limite máximo das companhias para viajar sem estar acompanhada de um médico.
Para quais lugares foram? Como foi o processo de adaptação do roteiro e da viagem?
Portugal sempre foi um lugar que queríamos muito conhecer, pois temos muito o hábito de conhecer praias diferentes! O Gabriel surfa e eu adoro ficar na areia tomando sol. É um país que tem uma costa bem grande se pensarmos proporcionalmente ao tamanho do país, e falam português, o que é uma facilidade. Também ouvíamos falar muito bem da culinária e dos vinhos.
Algumas coisas tivemos que adaptar por causa da minha condição: acabamos alugando um carro pelo tempo integral (pegamos e devolvemos no aeroporto), tiramos do roteiro alguns passeios, como por exemplo tour de degustação de vinho e alguns passeios de barco, e deixamos alguns dias livres, pois não sabíamos o quanto seria cansativo!

Vocês conversaram com os médicos antes da viagem? Quais foram as indicações? Quais precauções tomaram?
Segundo o meu médico o voo em si não representava nenhum risco extra nem para mim nem para o bebê, a não ser o aumento da possibilidade de eu ficar mais inchada, e por isto a recomendação de usar as meias de compressão! Acabamos conseguindo pegar aqueles assentos “conforto” que são os que tem um espaço um pouco maior para as pernas. Isto facilitou as várias idas ao banheiro.
Durante o voo, fiquei algumas vezes em pé e andei um pouco. Na mala levei vários remédios que o médico me recomendou: para cólica, dor, gripe, etc. Pois grávidas tem várias restrições com medicamentos e se me desse alguma coisa lá seria difícil encontrar o remédio que eu poderia tomar.
Por sorte não precisei de nenhum e todos os remédios voltaram comigo. Junto com as receitas destes remédios (que levei junto caso alguém me perguntasse alguma coisa) ele me deu também uma cartinha dizendo a minha idade gestacional e que eu poderia viajar sem problemas. Porém a companhia aérea não me questionou absolutamente nada.

3 dicas para fazer a babymoon
1- Escolha um lugar não muito distante e que não ofereça risco para a gravidez.
2- Não faça uma lista muito grande de planos turísticos, pegue um bom hotel e aproveite ao máximo o tempo com o seu parceiro, lembre que um tempo só pra vocês após o nascimento não será tão fácil.
3- Se possível faça a viagem em baixa temporada, no verão sempre há superlotação nas filas, praias e restaurantes.
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