Como assim, um cirurgião plástico com macacão e capacete, prestes a saltar de um avião a mais de 3.000 metros de altura? Esse é o lado B do cirurgião plástico Dr. Robson Netto, que destaca a importância de administrar os riscos para viver uma vida cheia de significado  

Como surgiu o paraquedismo na sua vida? 

Saltar sempre foi um sonho de criança. O meu dia a dia é no centro cirúrgico, um lugar fechado, sem janelas e distrações, justamente para permitir que toda atenção seja dada ao paciente. Fazer isso todo dia tentando dar o seu melhor é realmente muito desgastante e é preciso encontrar formas de limpar a mente. 

Mas precisava ser algo tão arriscado? 

Como minha mãe diz, eu só gosto de esportes “tranquilos”: paraquedismo, mergulho e motociclismo. Mas tudo é arriscado se não fizer do modo correto. Eu fico sempre muito fechado no centro cirúrgico e quando você abre as portas do avião tenho o mundo inteiro de liberdade. Acredito muito que quando estamos felizes podemos fazer as pessoas ao nosso redor também felizes.

Há uma correlação entre o paraquedismo e a cirurgia plástica?

Com certeza. Na minha profissão é preciso estar muito focado. A pessoa está correndo o risco de estar no centro cirúrgico, seja por vontade própria ou por necessidade e como médico é preciso estar muito atento para que tudo ocorra da melhor forma. 

Quais são os cuidados?

Seja no paraquedismo ou em uma cirurgia é preciso estar cobrindo todos os riscos para no final dar tudo certo. Tem que estar focado, cuidando de todos os processos, com uma rotina perfeitamente ajustada. No caso da cirurgia, é preciso ter os melhores exames, uma equipe muito bem preparada e tudo deve ser feito em uma clínica ou hospital que possua equipamentos e toda tecnologia para garantir o sucesso, tudo conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda.

O momento pede um novo olhar para a beleza?

O que a gente tem percebido no consultório é que neste momento em que todos nos voltamos para o que importa, para o que é mais essencial. A grande mudança é que não é uma beleza pensando nos outros, mas em si mesmo, no bem-estar. As pessoas querem se olhar no espelho e se sentir bem. 

E o que é se sentir bem?

É a pessoa reconhecer a idade que tem, entender como seu corpo evoluiu e mas se perceber bonita. Quando a gente não gosta do que vê refletido no espelho é preciso buscar ajuda. Tenho recebido pacientes diariamente que apontam algumas insatisfações, mas sempre com o objetivo de estar bem. Lembrando que muitas vezes ela não vem necessariamente da cirurgia plástica. 

De que forma a cirurgia plástica pode realmente ajudar uma pessoa? 

Quando a paciente nos procura e a queixa é evidente, a gente vê que ela está pronta para aquilo , tem diversas coisas boas. A mudança de postura, inclusive. Tem muita paciente que chega tímida e que após a cirurgia fica mais espontânea, mais segura. É muito gratificante ver essa mudança. 

Onde você atua hoje? 

Os procedimentos estéticos faço na Clínica Los Angeles e a parte cirúrgica faço em clínicas bem completas, com muita segurança, como a própria Clínica Los Angeles e o Hospital Firenze. Além disso, atuo no Setor de Queimados, do Hospital Evangélico Mackenzie, o que me mantém em contato com uma área muito relevante da Cirurgia Plástica.